O setor automotivo brasileiro vive um paradoxo histórico: enquanto as metas de descarbonização se tornam inexoráveis, seja pelo PROCONVE P8, pela etiqueta de eficiência do Inmetro ou pelos acordos voluntários de neutralização de carbono já assumidos por mais de 40 % das OEMs nacionais, boa parte dos veículos ainda nasce de plataformas que carregam quilos extra de aço, produzem montanhas de sucata e dependem de longas cadeias de suprimento. Cada quilo a mais significa emissões adicionais de CO₂ ao longo do ciclo de vida e, pior, risco regulatório em um ambiente que já discute a próxima fase dos padrões de emissão mais rigorosos que o País já viu. Diante desse cenário, surge uma pergunta crucial: por que continuar moldando o futuro com as ferramentas do passado?