A metamorfose digital da indústria latino-americana não é nem inevitável em sua forma, nem predeterminada em seus resultados. Como toda revolução genuína, seu desfecho permanece aberto, sujeito às escolhas que fazemos hoje. Este texto convida o leitor a abandonar tanto o determinismo tecnológico quanto o pessimismo estrutural para explorar um terceiro caminho: o do pragmatismo crítico. Entre o chão de fábrica e a nuvem, existe um espaço de possibilidades que cabe a nós – gestores, formuladores de políticas, educadores e trabalhadores – transformar em vantagem estratégica. O futuro industrial latino-americano não será apenas o que Silicon Valley ou Shenzhen projetarem para nós, mas o que decidirmos construir com nossas próprias mãos, agora equipadas com novas ferramentas digitais, mas ainda guiadas por nossas necessidades regionais específicas.